Nem sempre tomamos as melhores decisões com os nossos gastos. Às vezes a gente se arrepende. Mas você sabe por que isso acontece?
O fato é que todo mundo tem gastos supérfluos. Queremos satisfazer nossos desejos, queremos aliviar o estresse do dia-a-dia. Faz parte. Nem tudo na vida é preto no branco. Aquela roupa bonita, aquele restaurante sensacional, aquele livro que você está interessado… ahhh, tanta coisa.
Provavelmente, já deve ter acontecido de você, em um momento de euforia, fazer uma compra online de forma impulsiva. Quando o produto chega você até fica feliz, mas logo começa a pensar: “hmm, será que é isso mesmo? Eu realmente precisava ter comprado?”.
O problema é que, quando somamos esses gastos pontuais, podemos nos colocar em uma situação de aperto. E aí, o que fazer?
Por que tomamos decisões ruins hoje?
Nós, seres humanos, muitas vezes ficamos míopes no momento de tomar nossas decisões de consumo. Isso significa que, em diversos momentos, a gente não consegue olhar lá na frente , a longo prazo, e vislumbrar quais serão as consequências das decisões que tomamos hoje. Nesses casos, valorizamos mais o prazer instantâneo. Além disso, raramente pensamos nos contratempos que podem aparecer ao longo do caminho.
É a velha história de um amigo que te convida para ir em uma grande festa daqui a uns meses em uma cidade distante. No momento em que ele te convida, você aceita, diz que com certeza irá, que ele poderá contar com você. O problema é que, até chegar o dia da festa, vários imprevistos podem surgir: gastos com o conserto de um carro, manutenção de um vazamento na casa, um filho resfriado, etc. Será que você realmente iria nessas condições?
Talvez, mesmo com esses acontecimentos, você iria, afinal você gosta muito de seu amigo. Mas provavelmente vai bater aquele desânimo e talvez você nem tenha dinheiro suficiente para ir com tranquilidade, pois como é muito longe, também é uma viagem cara.
Com os nossos gastos é exatamente a mesma coisa. Muitas vezes temos essa dificuldade de pensar adiante. Comprar no crédito e parcelar em várias vezes pode parecer inofensivo. Usar aquele cupom de desconto que vai vencer, entrar naquela loja e comprar aquela blusa PORQUE ESTÁ EM PROMOÇÃO. Hmmm, problema! Sabemos como tudo isso pode terminar: em uma grande bola de neve.
O que fazer então?
Ao fazer uma compra, devemos saber diferenciar o querer e o precisar. Quando precisamos de uma coisa, não tem jeito. Nós PRECISAMOS. Temos que comprar.
Entretanto, quando apenas queremos, é um supérfluo, e podemos estender um pouco a decisão. Eu quero, mas eu posso? Em qual proporção essa compra irá comprometer minha renda mensal? Se surgir algum imprevisto, tenho como arcar e não me comprometer?
Indo ainda mais longe: e se eu perder minha renda? Poderei pagar essas parcelas? Aqui está a importância de termos o que chamamos de “reserva de emergência”. O ideal é que ela seja capaz de cobrir 6 meses de nossos gastos mensais, de modo que ficamos “protegidos” por esse tempo até que as coisas se normalizem.
Ou seja, antes de comprar algo que apenas QUEREMOS, pensemos:
- Eu posso gastar com isso?
- Posso pagar à vista ou é melhor parcelar?
- Se surgir um imprevisto, tenho ainda uma reserva para usar?
Ser diligente com o seu dinheiro e efetuar gastos com consciência está longe de ser uma privação que te leve a não aproveitar a vida. Pelo contrário, é libertador saber que você não depende de consumos supérfluos para ser feliz, e que tem um dinheiro guardado para qualquer emergência. Gastar com consciência é também educar a nossa mente para pensar no longo prazo, e levar em conta as possíveis consequências de nossas decisões.
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